terça-feira, 30 de agosto de 2011

Com Deus tudo é possível


"Eu te batizo no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Estas são as palavras que todo ministro usa ao batizar. Mas para mim tem um significado muito especial, porque eu batizei o meu próprio pai.

Nasci numa família pagã-católica. Meu pai venerava aos seus antepassados e minha mãe era católica; minha tia era budista, mas mesmo assim fui batizado quando era bebê. Meu pai era muito severo e proibia minha mãe de ir à Igreja - e portanto também estava proibido para mim -. Talvez a razão era que, numa ocasião, seu taxi quebrou e teve que deixa-lo diante da Igreja para consertá-lo e então veio o sacerdote e o repreendeu. Desde então se encheu de prejuízos contra os sacerdotes e contra a Igreja e o resultado inevitável era esta proibição aos membros da minha família.

Também houve outro incidente relacionado com isso. Aqui quando chove, diluvia. Um dia, durante um forte aguaceiro, ele e sua família se refugiaram numa igreja, mas uma freira os expulsou porque não queria que sujassem o templo. Desde então a fé na Igreja perdeu todo o valor para ele.

Só posso dizer que esta situação era muito triste. Eu segui confiando em Deus e rezando. Pedia-lhe que mudasse o coração do meu pai, custasse o que custasse. Não exclui meu próprio chamado. E foi assim como ele quis responder.

Deus me chamou à ordem dominicana. Tinha 26 anos. Meu pai não aceitou minha vocação. Foi então quando entendi as palavras do Evangelho: "Não vim trazer a paz, mas sim a espada" (Mt. 10, 35-36). De fato, não sabia que responder quando meu pai me disse: "te proíbo ser católico e agora queres ser sacerdote católico! Não percebes como são os sacerdotes e as freiras?" Tomou uma atitude indiferente em relação a mim e quase me abandonou. De todos os modos, eu seguia adiante, em silêncio, confiando em Deus. E todos os dias rezei por ele com minha mãe.

Dias, meses e anos passaram. Deus mudou meu pai e o fez de verdade. Ele aceitou minha vocação quando presenciou a profissão dos meus primeiros votos. Logo fiz meus votos finais na ordem dominicana. Participou na celebração e gradualmente foram desaparecendo seus preconceitos contra a Igreja. Antes da minha Ordenação lhe disse que gostaria muito que deixasse a minha mãe ir à Igreja. Ele aceitou e minha mãe exultava de felicidade; depois de 33 anos poderia finalmente praticar sua fé. Foi uma grande alegria o dia da minha Ordenação, pois a paz regressou a minha família. Recebi aquilo que pensava ter perdido. Na minha Ordenação meu pai reconheceu: "Fui derrotado por Deus; não lhe posso tirar meu filho. Meu filho é um sacerdote. Está decidido; é um fato".

Quatro anos depois algo maravilhoso sucedeu. Meu pai expressou o desejo de ser cristão e lhe batizei em 2006. Batizei a muita gente, mas jamais me esquecerei o momento em que batizei a meu pai.

Deus derrotou meu pai. O Senhor fez grandes coisas por minha família: eu era um jovem normal numa família pagã e agora sou sacerdote: meu pai passou de perseguir a fé a ser um bom pai católico.

Tudo isso foi obra de Deus. Tudo para sua glória. Deu-me mais do que eu lhe pedi durante mais de 20 anos de oração silenciosa e perseverante. Ele, com seu poder, fez milagres em coisas normais. Senti-me muito inspirado pelo exemplo de oração silenciosa e perseverante de Santa Mônica. Deus me usou como instrumento para sua glória e para a salvação dos demais. Com Deus tudo é possível.

por Pe. Hung Phuoc Lam, OP
Saigón (Vietnam)

Tradução ao português: Pe. Anderson Alves

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pe. Leonardo I. Pereira prepara-se para Roma e Pe. Valdir Thums assume a EFC

O atual diretor da Escola de Formação Cristã de Farroupilha está preparando-se para uma etapa muito importante na sua vida. Por 3 anos irá permanecer na cidade de Roma, Itália para estudos sobre a Bíblia.
É um tempo de adaptação, de reciclagem e de muito estudo para o Pe. Leonardo.
Pe. Valdir Thums, em consenso com os padres da Região Pastoral de Farroupilha, irá assumir a coordenação geral da Escola de Formação Cristã.
Ao Pe. Leonardo, nosso muito obrigado e nossas orações.
Ao Pe. Valdir, seja bem-vindo, conte conosco.